quinta-feira, 30 de julho de 2009

O neo-bucolismo Weulliano




Quem ama o campestre, as imagens bucólicas e pastoris não consegue se afastar
do poema de Weulle. O poeta itaocarense desnuda uma poesia simples
mas engalanada de encantos sem deixar cair na mediocridade que geralmente consiste neste tipo de texto.

Weulle é original construindo com seu texto uma imagem, um imenso painel fotográfico, onde é possível desnudar os sonhos que não se envelhecem.






Saudade

Que saudade daquele lugar
O campeiro acorda bem cedo,
Para suas vacas ordenhar
Com seu balde na mão,
O leite ele vai tirar
Para seus pequenos filhos
Ele possa alimentar.
Que saudade daquele lugar.
As galinhas no palheiro
Estão todas a ciscar.
E no milharal o campeiro
As espigas vai buscar
E os galos ao campeiro
De encontro a cantar.
O lugarzinho bom.
Que saudade daquele lugar.


Weulle Couto de Souza




sexta-feira, 24 de julho de 2009

Claudinha Gualberto...


Os sentimentos são/foram a mola mestre no qual se desenvolvem os alicerces das ciências humanas. Toda criação tem motivação numa esfera dos sentimentos.
O poema de Cláudia ressalta este caráter perpétuo do sentimento, no caso, a Saudade, como fonte de emanação. Saudade carregada de memórias mortas e vivas presentes em nossos cotidianos.
Saudade que traz a dor, mas essencial para o encontro/reencontro entre matéria e memória.
Sentimentos

Vejo esse sentimento que me destrói
Como o mais puro nectar da dor
Esses sentidos que me dispersam
Em mais puro e pleno rancor.

Com saudades em seu pranto
Me sinto sozinha na humanidade
Vejo os olhos escuros e frios
Olhos da eternidade.

Essas lembranças e ressentimentos
Que se calam em meu coração
São vencidos pela força
Que me deixam sem razão. Cláudia Gualberto Borges

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Porto Velho é logo ali...

DANIELE CRISTINA






Porto Velho é logo ali sim ou quem sabe aqui!



Bem próximo de nossas retinas...



Veja como a cidade se perfila na imaginação de Daniele.



A poetisa usa da arte como um elo que une dois paradigmas, dois espaços temporais para plasmar num vôo e consolidar a "Saudade" como matéria-prima de sua construção artística.



Porto-velhense, a autora, delieneia traços "nortistas", a nostalgia presente num coração que exibe o poema e a poesia como faces de uma mesma moeda, ilustrando a concepção romântica de que nem a distância diminui um afeto, no caso o afeto pela cidade natal.









Fala Daniele. Solte a garganta..






Saudade

Que saudade que sinto
Da minha terra natal,
Onde era tudo calmo
Nada era banal.

Tenho saudade da cultura
Da qual eu pertencia,
Todas as noites, todos os dias
Sempre algo legal aparecia.

Porto Velho que Beleza,
Cidade rica de natureza
As pessoas sempre sorrindo,
Nos lugares se divertindo.

Mais olha só onde estou
Longe, tão longe da felicidade
Mas talvez eu volte de novo
Ao encontro da liberdade.

Daniele Cristina

terça-feira, 14 de julho de 2009

A poesia original de Patrick


Como é bom voltar com este blog a ativa...

Estava, poderia dizer, tomando emprestado um termo Kafkiano, em "metamorfose".

Quero reservar este espaço para a poesia original do Patrick, assim mesmo, como se eu estivesse bastante intimidade com sua obra.

O jovem vate perfila uma escrita de sombrios, resquícios do ultraromantismo, quiçá poderia se tratar de um neo_ultraromantismo. Termo justo e sensato...

Uma poesia borbulhante e nestes tempos de alienação absoluta, estes jovens poetas nos mostram que a vida ainda vale a pena...





Saudade Monstruosa

Eu não consigo respirar
O oxigênio tem seu cheiro
Ele está queimando na minha garganta
Eu não consigo suportar.

Essa saudade monstruosa
Insiste em me queimar,
No meu peito, um frio imenso
O meu coração pode quebrar.

Vivo nas trevas clamando o seu nome
Vivo no escuro esperando a sua volta
Posso perecer e apodrecer aqui
Esperando pra sempre você retornar.

Lágrimas de sangue escorrem dos meus olhos
Enquanto o vento se põe a cantar
Uma simples canção de ninar
Ao meu coração que não para de sangrar.


Patrick Soares Campos